segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Na pele de um magistrado


Desde que o Terreiro do Paço está vedado aos carros aos domingos que o Supremo Tribunal de Justiça abre duas vezes por mês para visitas do público em geral. Gratuitas, estas visitas acontecem à semelhança dos passeios organizados no edifício dos Paços de Concelhos. No entanto, se de manhã, Lisboetas e turistas podem visitar a Câmara Municipal, o Supremo Tribunal só está aberto da parte da tarde, mas com duas visitas disponíveis, às 15 horas e às 16 horas. As iniciativas têm moldes idênticos: o ambiente é descontraído, os guias completamente disponíveis para responder a todas as curiosidades de quem visita e a ideia passa por abrir ao público aquilo que normalmente está vedado ao trabalho diário. Estive neste último domingo no Supremo Tribunal de Justiça e fiquei muito agradada com o Salão Nobre. A visita é curta, mais pequena que a da Câmara Municipal, tem a duração aproximada de 45 minutos, e centra-se sobretudo no Salão Nobre, onde acontecem todas as sessões solenes, e na Galeria dos Presidentes onde encontrei uma arca de duplo segredo, a que os magistrados chamam de “Burra” e que servia em tempo para o transporte de documentos importantes de Lisboa para o Brasil. As más línguas dizem que regressava cheia de diamantes, sendo essa uma das histórias curiosas que nos contam ao longo da visita. Interessante é o facto também de nos possibilitarem a sentar nas cadeiras supostamente reservadas à audiência dos julgamentos e com a descrição do que costuma ali acontecer semanalmente, podermos ver “o filme” na nossa cabeça, de como tudo se processa. Sem necessitar de marcação antecipada, as visitas acontecem todos os primeiros e terceiros domingos de cada mês. Pelo sim, pelo não deixo o telefone para quem quiser saber mais informações. Tel. 213 218 900.

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