quarta-feira, 3 de setembro de 2008

“A Casa do Mundo” - para viajantes de alma



Terminada a leitura de “Água”, o livro sobre a vida das viúvas na Índia de que já aqui falei e que devo dizer, foi dos livros que li mais recentemente que mais me tocou, pois que ontem deliciei-me com “A Casa do Mundo”. Recebi-o aqui na minha mesa de trabalho no final de Julho (e aproveito para dizer mais uma vez muito obrigada à Oficina do Livro, mas desta vez com um agradecimento particular a Tiago Salazar, o autor que teve a gentileza de autografar o livro), mas só agora tive oportunidade de lhe pegar em força! Se a capa e o título são sugestivos, a interior é inspirador. Trata-se de um livro de viagens onde Tiago Salazar se afirma de maneira muito própria como um cidadão de Mundo. Não quer contabilizar destinos que já percorreu, mas antes viver pedaços de vidas diferentes em cada solo que pisa. Há uma diferença abismal entre visitar um país ou cidade e estar nesse país e cidade. Ele não passa pelos sítios, ele vive-os e isso é reconfortante. Não nos conta neste livro coisas que outros também já visitaram, mostra-nos a sua impressão sobre os espaços que vai descobrindo. “A Casa do Mundo” tem prefácio de Miguel Sousa Tavares, outro exímio contador de histórias e viajante interessante e interessado. Quase todos já lemos “Sul”, por exemplo, daquele comentador televisivo e todos ficámos com vontade de partir para os mesmos destinos. O mesmo acontece com “A Casa do Mundo”: lemos e queremos logo embarcar nesta busca de novas percepções. Quem gosta de literatura de viagens não deve deixar de ler.

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