terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

De volta ao chá e ao teclado

Acabo de chegar a casa e a primeira coisa que faço é pôr água a ferver para fazer um chá quente. Em cima da minha mesa de trabalhos tenho a jarra com as flores que comprei ontem, numa tentativa de dar alguma cor a estes dias onde o cinzento teima em ditar a moda. Estou pior que uma barata, nem o chá nem as flores me devolvem o ânimo. Cheguei a casa depois de uma tentativa de levar a princesa mais-que-tudo ao cinema. Era a primeira vez dela e um regresso meu tão ansiado às salas de cinema. Eu que tive há meses outro bebé e que, se nos últimos tempos de gravidez já não aguentava a pestana aberta muito tempo, agora que ele tem poucos meses, ainda aguento menos… Mas enfim, dizia eu que me lembrei de levar a princesa ao cinema, eu e mais meia Lisboa. Meia não… quase Lisboa inteira mesmo, com excepção feita unicamente a quem foi passar estes quatro dias fora. Eu já não sou fã de centros comerciais, muito menos com petizes atrás. Evito os saldos e no Natal faço um esforço para comprar antecipadamente todas as prendas. Não compro nada em Outubro, é certo, mas nunca deixo para os últimos dias. Detesto a barafunda, o caos, o não conseguir movimentar-me e, ingenuamente, fui meter-me num centro comercial em busca de uns bilhetinhos para a “Princesa e o Sapo”. Até tenho vontade de me pôr de castigo. Isto de tentar fazer alguma coisa diferente quando a chuva não nos deixa andar na rua está a deixar-me de cabelos em pé. Detesto a inércia, a rotina. Mas detesto ainda mais quando nada dá certo, por mais que se tente. Resta-me empanturrar de chá e bolinhos comprados há minutos…

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