sexta-feira, 25 de março de 2011

Ontem, armei-me em super mãe e fui muito feliz


Na quarta-feira quando fui buscar a C à escola estava no cacifo dela, uma prateleira mais propriamente, um convite para na quinta-feira, ontem, ir à apresentação de dois livros de Pedro Seromenho. “Às 19 horas na Biblioteca da Escola, numa sessão especial para pais e filhos”, estava escrito. Imediatamente comecei a fazer contas à vida. Às 19 horas? Pois que realmente é uma hora óptima para quem está a trabalhar, tem tempo de chegar sem pressas e chega a casa a horas boas de jantar. Mas cá por casa, as 19 horas são como eu costumo dizer, a hora da fome. Costumam estar todos exaustos do dia e assim que saem dos banhos querem jantar e adormecer. Mas eu queria muito ir. Mas tinha que levar os três, que a escola do F fecha, pois claro. Mas às 19 horas também a M costuma estar com a birra do sono e da fome. E se eu levasse o F no carrinho, punha a M no ovo, no braço e lá ia eu com os três assistir à apresentação? Mas e depois, um chora, o outro quer colo e eu só sou uma, que o pai a essa hora ainda não está connosco. Vou. Não vou. Vou. Não vou. Olha vou. O máximo que me pode acontecer é ter que vir embora, porque nem a viagem perco, porque tenho mesmo que ir buscar a C, mas em vez que ir às 18 vou às 19h. E fui. E tive muita sorte. E gostei muito. Levei o Francisco a pé e a Matilde ia no seu carrinho. Ele adora a escola da mana crescida. A mana crescida fica doida da família participar no que quer que seja da sua escola. Entrámos os quatro. A Matilde não quis ficar no ovo e saltou logo para o meu colo para não haver choro. A Carolina sentia-se em casa e saltitou pelos puffs coloridos enquanto pode. O irmão imitava. Assim que o escritor começou a falar, todos, mas sem excepção, ficaram calados a ver os seus desenhos a ajudá-lo a construir uma nova história de um princesa com cabelo de pipoca. No fim, viemos para casa com um livro novo, assinado e desenhado pelo autor. Um autor que passou de completo desconhecido a um nome familiar pela sua disponibilidade de estar com os miúdos. E eu, mais uma vez, de beiça orgulhosa de quem sente que tem os melhores filhos do mundo. Foi muito bom. E é como eu costumo dizer, mais vale tentar e não conseguir, que nem sequer experimentar. Para estar ali fiz o jantar à tarde e deixei tudo pronto: pijamas alinhados, tudo organizado. Para lá levei um lanchinho e nem um ai se ouviu da boca de nenhum dos 3, nem na hora de vir embora. E ao jantar eles comeram às horas normais e bem e dormiram, de certo, com o coração mais feliz.

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