segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Lisboa debaixo do nariz




É verdade que o tempo não está de acordo com a época do ano. Que deveria chover mais, que o sol está demasiado baixo, que parece primavera, que cheira a primavera. Ora, mas se não conseguimos fazer nada para alterar isso, nada melhor que aproveitar o tempo para fazer coisas boas, recarregar energias, sentir o sol, andar ao ar livre. E vai daí que ontem pegámos nos miúdos todos e nas respectivas trotinetas e rumámos ao Parque das Nações. Nós e mais 50 mil lisboetas, é certo, mas ainda assim valeu a pena. Não tanto pela diversão deles com as ditas-cujas, porque o piso não é fácil para quem tem apenas dois anos, mas porque correram, gritaram, brincaram, riram e experimentaram coisas novas. E que coisa nova foi essa? O Teleférico, pois claro! Adoraram. Completamente. Vibraram a olhar lá para baixo, a ver as pessoas pequeninas, pequeninas, as outras cabines, o rio, a torre, a ponte, os prédios. E ainda hoje ao pequeno-almoço diziam intercaladamente “quero ir outra vez... quero ir outra vez”. Quando saímos do teleférico fomos lanchar ao Peters e nós, os adultos, continuamos com a mesma ideia de sempre: não há gin como o do Peters. É mesmo muito bom. Voltámos à estrada e mais trotinetas para deixar andar, às vezes empurrar e outras puxar. Demos de caras com um vulcão de água e eles boquiabertos a olhar para aquilo. Estava frio ao final do dia senão tenho para mim que se atiravam os dois para ali a ver se levavam com os salpicos. O Parque das Nações, herança da EXPO98, mudou Lisboa, e é sempre bom lá voltar!

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