segunda-feira, 5 de maio de 2014

Os maravilhosos 40!

 
Na quarta-feira fui à estreia de "40 e então?" e assim de rajada posso já adiantar-vos que foi das peças da UAU que mais gostei. DE-LI-CI-O-SA!!! Só ainda não tinha vindo aqui gritar para irem ver, porque a minha quarta-feira foi de tal maneira cheia e avassaladora que me deixou KO para o resto da semana.
Eu já sabia, à partida que ia gostar. Só podia gostar. Com Fernanda Serrano, Ana Brito e Cunha e Maria Henrique, a peça prometia ser boa, mas confesso que ultrapassou em muito as minhas expectativas. Tão, mas tão gira. Tão real, tão divertidamente real. Chorei a rir com a interpretação de Ana Brito e Cunha de uma mulher sedenta para fazer uma plástica: na cara, no pescoço, na barriga, no rabo, nas pernas, nos braços, em todo o lado!!! Identifiquei-me a valer com a Fernanda Serrano e o quadro da mãe que é tratada por mãe desde que o bebé nasce e que no infantário é invadida por pedidos e recados de mil e uma espécie. Ri muito e ouvi rir muito, inclusivamente os homens que por ventura identificavam ali alguns dos dramas domésticos vividos em casa. No palco do Tivoli BBVA fala-se de tudo e quando digo tudo é mesmo tudo: do sexo, do amor, do trabalho, da maternidade, da flacidez, das rugas. Os textos (maravilhosos) são todos muito diferentes entre si, mas têm sempre um dominador comum: o humor. Não há nada como falar das coisas sérias com humor! Rita Ferro, Ana Bola, Ana Brito e Cunha, Helena Sacadura Cabral, Inês Maria Menezes, Leonor Xavier, Maria Henrique, Sílvia Baptista, Sónia Aragão (que encena a peça) e Rute Gil, assinam as histórias. E é de histórias de mulheres que vive esta peça. O cenário não podia ser mais simples e vazio: uma fila enorme de sapatos que as actrizes vão calçando à medida que mudam de personagem, e três bancos/caixas que sevem para sentar, para subir, para apoiar.
"40 e então?" está em cena de quinta-feira a sábado, às 21h30, e domingos, pelas 16h30. Não se esqueçam que à quinta-feira os bilhetes são mais baratos.
Vão. Não deixem se assistir. É uma das melhores peças dos últimos tempos.

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